Doença de pele tende a piorar na época mais florida do ano e, por isso, exige ainda mais cuidados durante a estação.
Na primavera, a elevação da temperatura e da umidade relativa do ar favorecem a manutenção da hidratação da pele. Mas, por outro lado, a liberação do pólen pelas flores aumenta a incidência de diversos tipos de alergia, inclusive as dermatológicas. Para pessoas que apresentam certas doenças de pele, como a dermatite, caracterizada por lesões avermelhadas que causam coceira intensa, essa situação pode ser ainda pior nesta época do ano.
Segundo uma pesquisa publicada no Jornal da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, a utilização de serviços de saúde por pacientes com dermatite atópica, um dos tipos mais comuns da doença, é mais frequente no inverno e na primavera do que no verão.
“Nesse período, além de ficar mais exposta às substâncias resultantes da polinização, a pele também começa a receber mais calor e umidade, fatores que podem causar irritações e processos inflamatórios. Para enfrentar essas e outras situações, é recomendável ao paciente com dermatite utilizar roupas leves e de tecidos que permitam uma boa transpiração, ingerir grande quantidade de água, utilizar filtro solar e um bom creme hidratante e evitar exposições prologadas ao sol”, explica a Dra. Maria Inês Harris, consultora científica da Biobalance.
Além dos agravamentos causados pela polinização, na estação que antecede o verão, também costuma aumentar a frequência de banhos no chuveiro, fato que pode prejudicar a manutenção da camada de proteção natural da pele, formada pela oleosidade liberada pelos poros. Por isso, é recomendável evitar duchas excessivas ao longo do dia e a utilização de sabonetes não hidratantes ou muito perfumados e de esponjas, que podem irritar e agredir as regiões atingidas pela dermatite.
Fatores positivos
Se por um lado os fatores ambientais que caracterizam a primavera podem agravar os sintomas da dermatite, por outro, alguns desses fenômentos, com destaque para o aumento da temperatura, podem ajudar a pele a não sofrer com o ressecamento e risco de descamação.
“Nas estações mais quentes, a camada de gordura protetora da pele, também conhecida por manto hidrolipídico, fica naturalmente mais espessa. Dessa forma, ocorre uma ativação maior das células que produzem esta camada, essencial para a proteção corporal. Como consequência, a pele fica mais protegida contra o desenvolvimento de dermatites”, explica a Dra. Harris.
Além dos cuidados preventivos e fatores favoráveis ao controle da dermatite, no campo medicamentoso, existe uma substância que consegue estabilizar determinadas moléculas da pele, protegendo-a contra inflamações. Trata-se de Ectoin. “Ela também recupera o manto hidrolipídico, promovendo a hidratação de áreas ressecadas, acalmando e atenuando as vermelhidões”, explica a consultora da Biobalance.
Ectoin é o princípio ativo de EctoPURE, linha de cremes calmantes de uso tópico, cuja versão que apresenta concentração de 3,5% é indicada à amenização da dermatite em adultos. O produto auxilia na redução dos processos inflamatórios da patologia, sem o uso de corticoides.
Estudo – Estudo realizado na Alemanha concluiu que o uso de cremes com Ectoin® em pacientes com dermatite atópica de leve a moderada levou a uma redução significativa na gravidade do problema. A pesquisa realizada pelo Leibniz Research Institute for Environmental Medicine envolveu 65 pacientes, homens e mulheres, com idades entre 18 e 65 anos, provenientes de diversas cidades alemãs.
Os pacientes aplicaram um creme que continha Ectoin® e outro produto anti-inflamatório não-esteroide, para controle. Os cremes foram aplicados em duas lesões simétricas duas vezes por dia, durante 28 dias.
As áreas da pele foram avaliadas pelos médicos, que utilizaram métodos instrumentais, e pelos próprios pacientes, no início da pesquisa e posteriormente, após 7 e 28 dias. A partir destas análises, os médicos forneceram provas de que a aplicação tópica do creme com Ectoin® na pele lesionada dos pacientes com dermatite reduziu de forma significativa a gravidade das lesões.
Segundo os cientistas, os resultados obtidos no estudo e a noção de que o uso externo de Ectoin® na pele humana, basicamente, não apresenta efeitos colaterais, indicam que o uso deste tipo de creme é o tratamento ideal para pacientes com dermatite atópica, inclusive para evitar os efeitos colaterais, que podem ocorrer com o uso prolongado de corticosteroides.