Segundo especialista da Criogênesis, a falta de higienização de objetos como chupetas e mamadeiras é um dos fatores que contribuem para o surgimento da doença
A candidíase oral em crianças, popularmente conhecida como sapinho, é um problema de saúde extremamente comum, principalmente em bebês de até um ano de idade. A infecção, causada pela superpopulação do fungo Candida Albicans, encontrado naturalmente no corpo humano, provoca lesões que se assemelham a assaduras, bolhas e descamações.
A incidência de infecções em crianças é de aproximadamente 5 a 10 casos por 100.000 no Brasil, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Universidade Ceuma, e ocorre principalmente em bebês com imunidade baixa ou suprimidos e pelo acúmulo de bactérias em objetos que eles colocam na boca.
Além disso, a imunidade baixa, típica dos primeiros anos de vida, quando o sistema imunológico ainda não se consolidou forte o suficiente para evitar contaminações, é um dos fatores que também ajudam o quadro a se manifestar, causando coceira, dor, lesões e problemas para sugar ou mamar, juntamente com irritabilidade e agitação.
A seguir, Dr. Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, esclarece as principais dúvidas sobre o surgimento da doença e a forma correta de tratar. Confira:
O que fazer ao perceber os sintomas?
Procure um médico caso os sintomas se tornem aparentes. É essencial apurar e confirmar qual espécie de fungo está presente no organismo, auxiliando o profissional a prescrever uma terapia direcionada, de modo que se evite reincidência. “É aconselhável que a criança passe por uma investigação profunda para checar se algo está afetando sua imunidade. A enfermidade não é considerada grave, mas pode merecer maior atenção, especialmente quando ela ocorre de forma recorrente. Mesmo nesses quadros de repetição, o tratamento é sempre medicamentoso, seja para controlar a infecção ou para aliviar o característico mal-estar”, explica.
Tratamento
O tratamento contra a candidíase infantil costuma ser simples. Geralmente, o médico pediatra receita um antifúngico líquido para a criança e a mãe, que pode precisar utilizar medicação oral ou pomada nos seios. Além disso, é importante manter a higiene, mesmo depois que pararem os sintomas.
Ferver itens que o pequeno coloca na boca também é uma ótima solução. Assim como esterilizar bombas e aparelhos para a sucção do leite, trocar sempre panos e guardanapos e lavar o seio antes e depois da amamentação, atentando sempre ao uso de sabonete neutro e não tóxico. “O tratamento pode se estender por alguns meses, conforme o caso, e deve ser continuado até alguns dias após os sintomas desaparecerem. Procure um médico pediatra e siga corretamente as indicações para evitar que o problema se prolongue”, indica.
Como evitar novas infecções
De acordo com o ginecologista, após a infecção é importante tomar algumas medidas de higiene para evitar a propagação da doença. “O ideal é esterilizar as superfícies em contato com a boca da criança, como mamadeiras, chupetas e brinquedos. Faça a remoção dos vestígios de leite após cada refeição, podendo utilizar uma gaze esterilizada embebida em soro fisiológico fazendo gestos suaves que permitam limpar a boca do bebé ou simplesmente dando a ele um pouco de água. Lave as mãos antes e depois de utilizar dispositivos inalatórios, como bombinhas para asma, estes deverão igualmente ser desinfetados”, aconselha.