Pediatra da Hapvida NotreDame Intermédica explica benefícios para as mães e os bebês
Um ato de amor, conexão e cheio de benefícios para a saúde da mãe e da criança. Assim pode ser traduzido o aleitamento materno, uma prática fundamental para sobrevivência, proteção e desenvolvimento do recém-nascido, que neste mês ganha uma campanha de incentivo conhecida como Agosto Dourado.
“O aleitamento materno é, sem dúvida, uma prática fundamental para a saúde do ser humano e traz benefícios tanto para a mãe como para o bebê, perdurando até a vida adulta, reduzindo risco de muitas doenças”, reforça o neonatologista e pediatra da Hapvida NotreDame Intermédica, Maiton Fredson.
Segundo o médico, é importante que o aleitamento materno se estabeleça logo no primeiro minuto de vida e, assim, promova uma segurança maior para o bebê por estar próximo de sua mãe.
“Defendo a importância de um parto humanizado, que permita que a mãe tenha contato com o seu bebê durante toda a primeira hora pós-nascimento. Essa prática garantirá uma maior probabilidade de aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses, assim como um prolongamento desse aleitamento materno por mais de dois anos”, explica Fredson.
Para o bebê, o aleitamento ajuda a melhorar a resistência e evita infecções respiratórias, reduz riscos de alergias e doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, obesidade e dislipidemia. Além disso, de acordo com o médico, há evidências científicas que comprovam a contribuição no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança.
“Para a mãe, o aleitamento promoverá uma perda do peso ganho durante a gravidez de modo mais rápido, além de uma reacomodação mais adequada do útero durante o puerpério e uma significativa redução do risco de câncer de mama no futuro”, revela o pediatra.
Ainda segundo o profissional, apoiar o aleitamento materno é garantir a saúde de toda uma geração futura.
Alimento único
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade, não necessitando o consumo de chá, sucos ou água, inclusive em locais muito quentes.
O incentivo à amamentação pela OMS continua mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, até, pelo menos, os 2 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente a amamentação exclusiva chega aos 46%, percentual próximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos países até 2025. Além disso, seis em cada dez (60%) crianças são amamentadas até completar os 2 anos de idade.