Apesar de serem consideradas grupo de risco, segurança e eficácia da vacina não foram testadas nesta população

O início da imunização contra o novo coronavírus trouxe muita esperança a toda a população mundial. Apesar de se saber que os riscos de contaminação ainda existirão e que as medidas protetivas devem continuar sendo seguidas rigorosamente, há uma luz para o futuro fim da pandemia.

Gestantes e lactantes são considerados grupo de risco para complicações graves da COVID-19, como desenvolvimento de pneumonia grave, complicações obstétricas e prematuridade.

No dia 18 de janeiro, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) fez uma revisão de literatura, com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para clarear alguns pontos sobre a imunização deste público tão específico.

Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra pela Unifesp e consultora de amamentação, lembra que uma das principais recomendações da Febrasgo é que o teste de gravidez não deve ser requisito para vacinar as mulheres. “Além disso, não foram avaliadas a segurança ou a eficácia da vacina nas gestantes e lactantes. O teste em animais não demonstrou risco de má formação. Cada caso deverá ser avaliado criteriosamente para que a mulher, junto de seu obstetra, tome a melhor decisão para si”, destaca.

Caso a mulher opte por não se vacinar, deverá ser apoiada em sua decisão e instruída a manter as medidas preventivas, como distanciamento social, uso de álcool gel, higienização das mãos e uso de máscara.

“As vacinas não são de vírus vivo e usam tecnologias que já são usadas em outras imunizações do calendário da gestante, como tétano, coqueluche e influenza. Em caso de dúvida ou insegurança, cabe à mamãe conversar com o seu médico para buscar a melhor orientação e se sentir tranquila”, conclui Cinthia.