Confira 6 dicas práticas para proteger o pequenos dessa situação
O Brasil registra, em média, três mortes de crianças e adolescentes por afogamento todos os dias. A informação foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que analisou os registros de óbitos entre 2021 e 2022: foram duas mil e quinhentas vítimas desse tipo de acidente. As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com o registro de 943 mortes. Em seguida, estão 860 óbitos de adolescentes de 15 a 19 anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), a maioria desses incidentes ocorre em piscinas domésticas e durante momentos de lazer na água. A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar essas tragédias.
Segundo a enfermeira pediátrica e especialista em segurança e prevenção de acidentes, Juliana Muniz supervisão das crianças precisa ser constante, mas sem tolher a criatividade e o momento de diversão delas: “Crianças pequenas nunca devem ficar sozinhas perto da água, seja em piscininhas pequenas de plástico, seja em piscinas maiores, nem por um breve momento, elas são rápidas e ainda não tem noção do perigo”, orienta a enfermeira especialista em segurança e prevenção de acidentes com crianças.
Para casas com piscina, o ideal é ter barreiras físicas, como cercas ao redor de piscinas ou com portões de segurança que se fecham automaticamente. A educação é um caminho para aumentar a segurança das crianças: “Ensinar as crianças a nadar desde cedo também pode fazer a diferença, hoje em dia existem cursos de natação para bebês a partir de 6 meses em diversas localidades que ajudam a desenvolver habilidades essenciais de sobrevivência na água. Mas, nada substitui a atenção constante dos pais”, aconselha a enfermeira pediátrica.
A seguir, veja 6 dicas práticas da enfermeira pediátrica Juliana Muniz para os pais para evitar situações de afogamento:
Criança na água sempre perto de um adulto: Quando a criança estiver na água, ela sempre precisa estar a um braço de distância do adulto. Nada de distrações como conversar com outros adultos, dar as costas, mexer ou enviar mensagens pelo celular.
Roupinhas de banho com cor chamativa: Na hora de comprar as roupinhas de banho para os pequenos, escolha sempre cores vibrantes como rosa, vermelho e laranja que se diferenciam das cores da piscina para se caso ocorra alguma situação, a visualização da criança seja mais fácil. Evitar cores como cinza, azul claro
Barreiras de Proteção: Instale cercas ao redor de piscinas com portões de segurança que se fecham automaticamente para evitar o acesso não supervisionado.
Precisou se ausentar? Chame outra pessoa: Se precisar se ausentar chame alguém para assumir o compromisso de olhar a criança para você;
Escolha da boia: Nada de boia na barriga ou no braço, hoje em dia existem coletes homologados, seguros e indicados para crianças a partir dos dois anos. Inclusive algumas delas têm cores e desenhos lindos que os pequenos vão adorar usar;
Em caso de afogamento: A primeira ação é ligar para o 193 e retirar imediatamente a criança da água, jogando objeto flutuante e puxando, mas sem se colocar em risco.
Com essas medidas simples, os pais podem garantir um ambiente seguro e tranquilo para seus filhos, evitando acidentes e garantindo que os momentos de lazer na água sejam apenas de alegria e diversão.
@jumuniz.enfermeira