Renascimento através da arte: conheça algumas histórias de superação de artesãos francanos

Feira de Quem Faz Evento acontece dia 21 de dezembro, na quadra do Sesi e reunirá mais de 80 expositores

O artesanato é mais que uma atividade criativa; é uma manifestação de histórias, paixões e transformações pessoais. Em Franca, mulheres e famílias têm encontrado no trabalho manual uma forma de expressão, uma nova fonte de renda e, acima de tudo, um propósito renovado. A Feira de Quem Faz, que contará com mais de 80 expositores e que acontecerá no próximo dia 21, de dezembro, no SESI Franca, é o palco onde essas histórias se entrelaçam, apresentando ao público produtos que carregam alma, dedicação e significado.

Para Marina Peliciari, 60 anos, o artesanato surgiu como um complemento de renda e uma maneira de canalizar sua criatividade após a aposentadoria como professora de arte. Também designer de interiores, Marina encontrou no cimento um material perfeito para transformar ideias em peças únicas de decoração. “O artesanato me mantém ativa e criativa. Estou com a Feira de Quem Faz desde o início, há um ano, e é incrível participar desse espaço de conexão e troca”, compartilha.

A dentista Wérica Magalhães Leonel, 47 anos, que atuou na área por 20 anos, redescobriu sua paixão pelo trabalho manual ao deixar sua profissão para se dedicar ao Patchwork. “Nos retalhos e linhas eu me encontro. Troquei a dor pela cor, e hoje o artesanato é minha forma de expressão e renovação.”

Histórias como a da BMC, criada em 2016 pela filha de uma das expositoras, também inspiram. O projeto começou com a venda de roupas usadas, promovendo sustentabilidade e curadoria personalizada. Desde então, tornou-se um negócio que conecta pessoas e ressignifica peças com amor e propósito.

Eveline de Souza, 62 anos, encontrou no artesanato não apenas uma fonte de renda, mas um chamado ancestral. Criadora de bonecas pretas, Eveline usa sua arte para destacar o papel das mulheres e resgatar memórias culturais. Além disso, ela capacita mulheres em situação de vulnerabilidade econômica a desenvolverem habilidades artesanais para gerar renda. “Eu não vivo apenas do artesanato ainda, mas acredito que em breve isso será possível.”

Outra narrativa emocionante é a do casal Ana Tereza e Aurélio Prieto que transformou o desafio de um AVC em esperança. Após o incidente, a terapia ocupacional trouxe o artesanato religioso como uma forma de recuperação e ocupação. Hoje, a atividade não apenas complementa a renda da família, mas também trouxe propósito e união.

Feira de Quem Faz: um encontro com a arte e o empreendedorismo

No dia 21 de dezembro, a Feira de Quem Faz no SESI Franca reunirá essas e muitas outras histórias de superação e criatividade. “O evento é uma oportunidade para conhecer o trabalho de artesãos locais, adquirir peças únicas e apoiar a economia criativa. Mais do que uma feira, é um convite para celebrar a força do artesanato como expressão de vidas, sonhos e conquistas”, ressalta Beto Laureano, organizador da feira.

Serviço

Feira de Quem Faz

Data: 21 de dezembro de 24

Horário: das 10h às 20h

Local: Quadra do Sesi, na Vila Sacarabucci