Também chamada de semivegetarianismo, dieta prioriza a redução gradual do consumo de alimentos de origem animal
Originado da palavra “flexitarian” – junção em inglês de “flexível” e “vegetariano” – o flexitarianismo é um estilo alimentar que busca reduzir significativamente a ingestão de alimentos de origem animal nas refeições diárias. Popularizado pela nutricionista norte-americana Dawn Jackson Blatner, a prática tem crescido cada vez mais e assegura diversos benefícios à saúde e ao meio ambiente.
“Carne em excesso, em especial as vermelhas, processadas e ricas em gorduras, podem aumentar a chance do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Ou seja, adotar o flexitarianismo é priorizar uma alimentação mais saudável, além de ser plenamente possível, afinal, é uma mudança mais gradual”, pontua Jéssica Santos, nutricionista da Superbom , empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis.
A especialista explica que não existe uma regra definida quanto a essa dieta. “No geral, alguns começam reduzindo as porções no cardápio e, aos poucos, vão consumindo cada vez menos proteína animal no dia a dia”, afirma.
Segundo um estudo divulgado pelo Nature Getty, para impedir que a temperatura global suba mais de 2ºC até 2050, é fundamental a diminuição do consumo de alimentos de origem animal. A pesquisa recomenda o aumento da ingestão de alguns alimentos como leguminosas, legumes, verduras e nozes, visando reduzir o impacto de sistemas de produção que geram maiores danos ambientais devido à alta emissão dos gases de efeito-estufa.
“Dentre as várias vantagens proporcionadas pelos alimentos de origem vegetal está o fato de que eles costumam ser mais pobres em gorduras nocivas. Além disso, são ricos em vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes e compostos bioativos”, comenta a nutricionista. Opções indicada por Jéssica são as leguminosas, como lentilha e feijão. Por serem ricos em fibras solúveis, elas auxiliam no combate ao colesterol ruim, sendo também uma ótima fonte de proteína, zinco e ferro.
A nutricionista alerta que toda alteração na alimentação necessita da suplementação de proteínas e determinados nutrientes por meio de outros alimentos, evitando insuficiência de alguns componentes fundamentais para o corpo. “A dieta semivegetariana inclui uma variedade de alimentos integrais, legumes, frutas e oleaginosas. Se for bem planejada, as deficiências nutricionais não serão uma preocupação. Além disso, existe uma variedade de opções no mercado de produtos vegetais que se assemelham em gosto e textura a bifes, hambúrgueres, frangos, entre outros “, finaliza.