Recentemente a internet foi inundada de casos de preenchimentos que deram errados, você sabe os tipos e quais os riscos?
Na última semana, a americana, Basia Query, viralizou nas redes ao postar um vídeo no seu perfil do TikTok onde mostrava os lábios muito inchados horas após realizar um preenchimento labial. Logo depois, ela informou à imprensa que descobriu uma alergia à lidocaína, um anestésico local utilizado por alguns profissionais. Assim como ela, há outras pessoas que passam por alguns problemas ao optarem pelos procedimentos estéticos. Fato que é contraditório, já que buscam a técnica justamente por uma melhor aparência, bem-estar e elevação da autoestima.
A Dra. Olinda Lorentz, expert em preenchimento labial, é idealizadora da técnica “Lábios de Boneca” e já realizou o procedimento em mais de 17 mil bocas. Ela explicou o que pode acontecer em casos como o da influencer, Basia. “A alergia é inerente ao paciente. Ele pode nunca ter tido e desenvolvê-la ao longo do tempo”, conta. Olinda alerta sobre a importância de administrar o corticoide antes de aplicar o ácido hialurônico, os corticoides são substancias utilizadas para reduzir inflamações ou atividade no sistema imunológico do corpo.
No entanto, a Dra. diz que as causas do grande índice alérgico está geralmente relacionado à hialuronidase, uma enzima facilitadora da difusão de líquidos injetáveis. “Na clínica, nós administramos o corticoide em todos os pacientes antes de começar o procedimento. Até porque, se houver alguém alérgico, nós conseguimos evitar um problema”, explica. Lorentz também já reverteu alguns quadros.
Em um dos casos que atendeu, uma paciente chegou ao seu consultório com o rosto deformado. O motivo teria sido a aplicação do ácido hialurônico e a paciente era alérgica a substância. “Nós fizemos cinco aplicações de hialuronidase, isso não é comum. Também realizamos exames para localizar onde havia produto e isso gerou um trastorno enorme para ela”, conta.
Olinda acrescenta que o nariz é uma região que pode dar alguns problemas e causar certos riscos ao paciente. “É uma área pouco vascularizada e por ter pouca circulação sanguínea, o produto tem grandes chances de gerar complicações, como necrose ou contaminação”, declara a Dra. Lembrando que a má assepsia local também propicia a contaminação do produto ao injetá-lo e o corpo não consegue reagir devido à pouca irrigação sanguínea.
Sendo assim, as melhoras medidas para evitar que riscos aconteçam ao realizar o procedimento é recorrer à antibioticoterapia, ou seja, um tratamento para pacientes com sinais ou sintomas clínicos de infecção a partir da administração de antimicrobianos. Segundo ela, a ozonioterapia também é muito utilizada por causa da sua eficiência. Lorentz ainda ressalta a importância da remoção do produto com a hialuronidase.