Programe suas férias: conheça as vacinas recomendadas e as obrigatórias

Infectologista da Dasa aponta as principais vacinas para se proteger em uma viagem

As férias de verão aumentam a movimentação nas estradas e nos aeroportos. Somente neste período, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) espera receber cerca de cinco milhões de passageiros, entre embarques e desembarques. E antes de arrumar as malas, o viajante precisa estar atento à saúde, em especial à atualização da carteira de vacinação. É o que explica a médica infectologista Ligia Pierrotti da Dasa – líder em medicina diagnóstica no Brasil – que reúne laboratórios como Delboni Auriemo, Alta Excelência Diagnóstica e Lavoisier.

“É essencial checar as vacinas necessárias para o destino, alguns locais possuem exigências específicas”, explica. Ela ressalta, ainda, a importância de uma avaliação médica antes do embarque para orientação e indicação das vacinas, com pelo menos duas semanas de antecedência, o período ideal para a produção dos anticorpos protetores. “Além disso, para as áreas onde há incidência de malária, por exemplo, doença em que a prevenção é feita por medicamentos, o médico especialista poderá indicar o kit medicamentoso, orientar quanto aos sintomas da doença e como proceder ao identificá-los”.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda que o viajante, independentemente do destino, tome as vacinas para hepatites A e B, tétano e difteria, e a tríplice viral, que protege contra as doenças de sarampo, caxumba e rubéola. A especialista reforça a recomendação de atualizar a vacina tríplice viral antes de se deslocar para a região Norte do Brasil, após os recentes casos de ressurgimento do sarampo no País. “É recomendado duas doses de vacina contra sarampo para todos com menos de 30 anos de idade e dose única para aqueles entre 30 e 49 anos”.

É aconselhado também realizar a aplicação das vacinas contra meningite, poliomielite e a tríplice bacteriana acelular contra coqueluche. “A pessoa que vai viajar tanto para cidades brasileiras, quanto para o exterior, pode não estar protegida de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação. A ocasião é uma oportunidade de fazer a atualização e se resguardar”, avalia a infectologista.

Vacina contra a febre amarela

A vacina contra a febre amarela é a única obrigatória para entrada em mais de 250 países – desses, 152 exigem inclusive o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP). “É importante lembrar que para uma viagem internacional só é válida a vacinação com a dose padrão. Quem recebeu a dose fracionada terá que esperar 30 dias para tomar a dose padrão para emissão do Certificado Internacional de Vacina Febre Amarela. Para que esteja válida no dia da viagem, a aplicação da dose integral deverá ser realizada com pelo menos 10 dias de antecedência à data do deslocamento”, alerta Ligia Pierrotti.

Alguns laboratórios e clínicas particulares oferecem o Certificado Internacional logo após a aplicação da vacina. O CIVP também pode ser retirado no site da Anvisa por meio de um preenchimento de formulário e apresentação da carteirinha em um dos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante.